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Semana d@ Calour@ 2015

Na Semana d@ Calour@ do curso de Direito, organizada pelo CACC, o Cajuína construiu seu momento de apresentação da extensão no curso de Direito da UFPI e de apresentação do projeto. Nos dias 10 e 12 de Março, construímos junto com as/os calouras/os da turma do período noturno e diurno um espaço no qual conversamos sobre eixos como a percepção do que seria o Direito, o seu papel na sociedade e como o Direito se coloca na realidade social – a partir de um diálogo específico sobre jornadas de Junho e direito à manifestação.

 

Dialogamos coletivamente sobre a formação da/o estudante de Direito e a possibilidade e necessidade de a/o graduanda/o construir sua formação e refletir sobre o instrumento jurídico e como ele lida com as realidades e demandas sociais, a fim de apresentar nossa atuação e intervenção – enquanto estudantes – nessa mesma realidade a partir de práticas extensionistas.

 

E, com isso, principalmente, a semana d@ calour@ cumpriu a tarefa de apresentar a AJUP e o projeto Cajuína, dentro do universo de práticas de extensão do curso de Direito.

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Bailarina inconstante e volúvel, a justiça troca de par no decorrer do jogo das contradições da história. Ora a vemos bailar com os poderosos, ora com os fracos, ora com os grandes senhores, ora com os pequenos e humildes. Nesse jogo dinâmico todos querem ser seu par e, quando ela passa para outras mãos, logo será chamada de prostituta pelos relegados ao segundo plano. A justiça sobrevive a todos os ritmos e a todos os pares, porque ela se pensa acima de todos eles, acima de todos os ritmos e pares como se pairasse em um lugar onde os choques e os conflitos não existissem. Mas, nesse grande baile social, todos são comprometidos, ou com os donos do baile ou com a grande maioria que engendra novos ritmos que irão romper com as etiquetas e os próprios fundamentos da festa. E a justiça, julgando-se eterna e equilibrada, não sabe, mas envelhece, esvazia-se, torna-se objeto de chacotas e aqueles que foram por tanto tempo preteridos e nunca tiveram em suas mãos essa mulher, começam a pensar que não é uma fêmea distante e equilibrada que desejam, mas uma mulher apaixonada e comprometida que dance no baile social os novos ritmos da esperança e do comprometimento. Não querem mais um ser acima de todos, mas o que está inserido na luta daqueles que se empurram e gritam para que seus ritmos e músicas sejam ouvidos: os ritmos e músicas da vida, da alegria, do pão e da dignidade.Essa bailarina que emerge não será diáfana e distante, não será de todos e de ninguém, não se porá acima dos circunstantes, mas entrará na dança de mãos dadas com os que não podem dançar e, amante da maioria, e, tomará o baile na luta e na invasão, pois essa justiça é irmã da esperança e filha da contestação. Mas o peculiar nisso tudo é que a velha dama inconstante continuará no baile, açulando seus donos contra essa nova justiça que não tem a virtude da distância nem a capa do equilíbrio, mas se veste com a roupa simples das maiorias oprimidas.Essa nova justiça emergente do desequilíbrio assumido, do compromisso e do conflito destruirá aquela encastelada nas alturas da neutralidade e imergirá na seiva da terra, nas veias dos oprimidos, no filão por onde a história caminha. O que é justiça? É esta.

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Semana d@ Calour@ 2015
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© 2016, Centro de Assessoria Jurídica Universitária Popular de Teresina - Cajuína UFPI - Sala 07 do CCHL - projetocajuinaufpi@gmail.com

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